quarta-feira, 18 de setembro de 2013

FUGA

Porque foges assim tão de repente menina?
Esconder-se não é a solução;
Embora não pareça fácil;
Melhor mesmo e encarar a situação;

Eu sei!  
hoje o que queres é  apenas fugir;
Para não pensar mais nos problemas;
Sei que queres se esconder das pessoas;
Lembrar –se  apenas de coisas boas;
Mais não é assim que funciona;
Se fazer de durona;

Sei que queres que o dia logo termine;
Para não precisar de desculpa;
Que justifique sua decisão;
E no lugar de um colo, se mostrará forte;
Para não precisar admitir a sua culpa;
De ser tão durona  e sem coração.

Mais te garanto menina!
Esse é o jeito mais covarde que existe;
de admitir que tem medo;
de demonstrar o que sente;
de  descobrir que é para  você  mesmo que mente;

pois a grande verdade 
é que  você tem mesmo 
é medo é do amor! 

Autora: Joci Borges 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ALMA

Um brinde a falsidade e a loucura
A toda essa falta de brandura
E bebo então esse cálice
Como uma prova de passagem
Partilhando-lhes a falta de caráter
Vejo tomar conta a arrogância
Se deleitando com toda transparência
 Transformando o exilir da vida em areia
 Sinto brotar dos poros o veneno
 Trasbordando essa taça de desejo
Mais é pela saliva que escorre a doce seiva
De cor vermelha como sangue
Como prova de um pacto à um Judas

Uma breve e notável salva à luxuria
Que enfeitiça os vossos olhos e corroem o pensamento
Remete a vossa mente ao desejo mais obscuro
Que voz faz exaurir o medo
E cair ao delírio profundo
Impressionado os pobres e débeis da platéia
Mais como é brilhante esse sedutor de almas
Que rege essa sintonia com muita calma
E com toda a paciência
Ainda faz uma breve pausa para serpente
Abocanhar a sua presa derepente

E ela faz uma saudação ao profano e ao imundo
Que corroem todos nesse mundo
Pois já foi feito o vosso pacto
Mais ainda há uma fissura
Uma quebra de contrato
Que te fará parar, pensar e agir
Digo-lhes que já é chegada a hora de decidir
Se é nesse abismo que queres ou NÃO cair!

Autora: Joci Borges

domingo, 8 de setembro de 2013

FAXINA



Fiz uma limpa;
Joguei um monte de coisa fora;
Apenas o que  não me serve;
As quinquilharias que ao longo da vida adquiri;
E foi em meio a esses entulhos que vivi;

Joguei hoje um monte de lixo fora;
E tamanha foi a surpresa ;
Da enorme leveza;
Que me deu agora;

São restos, trapos e migalhas ;
De coisas que não usufruto mais ;
De coisas de guardei tempo demais;
E para não correr o risco de voltar atrás;
Joguei junto também algumas memórias;
Fragmentos de algumas histórias ;
Que nem mais falta me faz!

Mantive apenas o que me apetece;
O que ainda me favorece ;
O que de certa maneira ;
Ainda serve na prateleira!


Autora: Joci Borges 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

ROMEU

EU DEVERIA APENAS FUJIR;
TENTAR DIZER NÃO E SAIR;
MAIS NÃO DEU;
E AGORA ROMEU?

EU TENTEI SER DURONA;
ME FIZ DE ESQUECIDA;
EVITEI SUA INVESTIDA;
MAIS VOCÊ FOI INSISTENTE;
E POR MAIS QUE EU TENTE;
NÃO DA MAIS PRA FUGIR;
MUITO MENOS RESISTIR;
DE AO TEU LADO SEGUIR.

DEVE SER ESSE SEU OLHAR QUE ME ATIÇA;
OU ESSE SEU JEITO QUE SÓ ME ENFEITIÇA;
PODE SER ESSA SUA COR DE ÉBANO;
POIS É ESSA PELE QUE EU QUERO;
QUE ME DEIXA DOIDA;
OU SERA ESSA VOZ ROUCA?
QUE ME DESARMA E ME ACALMA;
E QUE TRANSBORDA MINHA ALMA;


OU QUEM SABE ESSE SORRISO LARGO;
ESSE JEITO DE MENINO LEVADO;
QUE ME FAZ TE GOSTAR;
QUE ME FAZ QUERER SEMPRE AO SEU LADO ESTAR;

NÃO SEI NÃO MEU ROMEU;
MAIS EU JÁ SOU SUA;
SERÁ QUE VOCÊ JÁ E MEU?



Autora: Joci Borges