segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ALMA

Um brinde a falsidade e a loucura
A toda essa falta de brandura
E bebo então esse cálice
Como uma prova de passagem
Partilhando-lhes a falta de caráter
Vejo tomar conta a arrogância
Se deleitando com toda transparência
 Transformando o exilir da vida em areia
 Sinto brotar dos poros o veneno
 Trasbordando essa taça de desejo
Mais é pela saliva que escorre a doce seiva
De cor vermelha como sangue
Como prova de um pacto à um Judas

Uma breve e notável salva à luxuria
Que enfeitiça os vossos olhos e corroem o pensamento
Remete a vossa mente ao desejo mais obscuro
Que voz faz exaurir o medo
E cair ao delírio profundo
Impressionado os pobres e débeis da platéia
Mais como é brilhante esse sedutor de almas
Que rege essa sintonia com muita calma
E com toda a paciência
Ainda faz uma breve pausa para serpente
Abocanhar a sua presa derepente

E ela faz uma saudação ao profano e ao imundo
Que corroem todos nesse mundo
Pois já foi feito o vosso pacto
Mais ainda há uma fissura
Uma quebra de contrato
Que te fará parar, pensar e agir
Digo-lhes que já é chegada a hora de decidir
Se é nesse abismo que queres ou NÃO cair!

Autora: Joci Borges

Nenhum comentário:

Postar um comentário