Um brinde a
falsidade e a loucura
A toda essa
falta de brandura
E bebo
então esse cálice
Como uma
prova de passagem
Partilhando-lhes
a falta de caráter
Vejo tomar
conta a arrogância
Se
deleitando com toda transparência
Transformando o exilir da vida em areia
Sinto brotar dos poros o veneno
Trasbordando essa taça de desejo
Mais é pela
saliva que escorre a doce seiva
De cor
vermelha como sangue
Como prova
de um pacto à um Judas
Uma breve e
notável salva à luxuria
Que
enfeitiça os vossos olhos e corroem o pensamento
Remete a
vossa mente ao desejo mais obscuro
Que voz faz
exaurir o medo
E cair ao delírio
profundo
Impressionado
os pobres e débeis da platéia
Mais como é
brilhante esse sedutor de almas
Que rege
essa sintonia com muita calma
E com toda
a paciência
Ainda faz uma
breve pausa para serpente
Abocanhar a
sua presa derepente
E ela faz
uma saudação ao profano e ao imundo
Que corroem
todos nesse mundo
Pois já foi
feito o vosso pacto
Mais ainda
há uma fissura
Uma quebra
de contrato
Que te fará
parar, pensar e agir
Digo-lhes
que já é chegada a hora de decidir
Se é nesse
abismo que queres ou NÃO cair!
Autora: Joci Borges
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