segunda-feira, 18 de novembro de 2013

MEIO A MEIO


Metade mim requer o máximo de esforço
E a outra o mínimo de tentativas
Metade de mim quer que eu desmorone
E a outra que eu lute contra o abandono
Metade de mim requer um pouco mais de atenção
E a outra apenas quer viver na solidão

Metade de mim requer elogios frequentes
A outra que eu simplesmente viva loucamente
Metade de mim se preocupa com o amanha
E a outra não liga para esse divã

Metade de mim ama loucamente
E a outra acha isso perda de tempo
Metade de mim é toda sensível
E a outra nem um pouco acessível
Metade de mim tem consciência
E a outra nem sequer um pouco de decência
Me sinto simplesmente assim
Meio a meio de mim


Autora: Joci Borges 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

SUPLICA

Vejo apenas uma nuvem cinzenta;
Um sol encoberto, um dia sem cor;
Não sinto sabor, não sinto nada;
Nem ao menos um pouco do seu amor;
Não construí nada em meu favor;
Apenas o silencio estarrecedor;
Me faz companhia frequente;

Eu vejo o medo e ele é meu aliado ;
A ira que me consome por dentro;
E me faz ter essa língua afiada;
Me faz  agradar essa  maldade tão bem criada;
Exaurindo pelos poros o bem aprisionado;
Mais ninguém vê meu sofrimento;
Apenas vêem minha língua afiada;
Um mero reflexo do meu pedido ;
Da minha suplica por socorro;

Estou aprisionada aqui dentro;
Deste involucro, mal embalado;
Me perfumo,  mais ninguém sente;
Me comporto,  mais não importa;
Apenas os reflexos de minha ira ;
É que me faz ter sua atenção;
Então me perco da minha razão;



A sua critica é apenas o ultimo ato;
A ultima tentativa de em você eu existir;
E essa bondade que abstenho;
É por simples indução;
De pessoas que assim como você não entendem ;
O desejo desse meu tão humilhado coração.;


Autora: Joci Borges