Vejo apenas uma nuvem cinzenta;
Um sol encoberto, um dia sem cor;
Não sinto sabor, não sinto nada;
Nem ao menos um pouco do seu amor;
Não construí nada em meu favor;
Apenas o silencio estarrecedor;
Me faz companhia frequente;
Eu vejo o medo e ele é meu aliado ;
A ira que me consome por dentro;
E me faz ter essa língua afiada;
Me faz agradar essa maldade tão bem criada;
Exaurindo pelos poros o bem aprisionado;
Mais ninguém vê meu sofrimento;
Apenas vêem minha língua afiada;
Um mero reflexo do meu pedido ;
Da minha suplica por socorro;
Estou aprisionada aqui dentro;
Deste involucro, mal embalado;
Me perfumo, mais ninguém
sente;
Me comporto, mais não
importa;
Apenas os reflexos de minha ira ;
É que me faz ter sua atenção;
Então me perco da minha razão;
A sua critica é apenas o ultimo ato;
A ultima tentativa de em você eu existir;
E essa bondade que abstenho;
É por simples indução;
De pessoas que assim como você não entendem ;
O desejo desse meu tão humilhado coração.;
Autora: Joci Borges
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