terça-feira, 28 de maio de 2013

PRANTO

Não sei por que, 
Palavras alheias me doem tanto;
Deixam-me em prantos;
Corroem-me a alma;
Tiram-me a calma;
Tiram-me o sono;
Reviram-me na cama;
Faz-me entristecer;
Faz-me esmorecer.

Não sei por que, não tenho defesas;
Diante de tais bombardeios;
De palavras que custo a entender.

Parece-me tão sem sentido;
O que acontece comigo?
Sinto-me presa e indefesa;
Não tenho reação;
Deixo simplesmente;
Que aprisionem esse meu coração.

Então eu choro;
Lamento e imploro;
Pra que dor como essa;
Pare e passe depressa;
Para seja esquecida;
Para que não acabe comigo.

Então eu choro;
Lamento e imploro;
Pra que dor como essa;
Pare e passe depressa;
Para seja esquecida;
Para que não acabe comigo.

Mais sei que demora;
Tristeza então me devora;
E sinto que vou desmaiar;
Mais depois ao acordar;
Vou então, parar e pensar:
Porque sou tão diferente?
Porque me importo tanto com essa gente,
que tanto me faz sofrer?

Autora: Joci Borges




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