quinta-feira, 13 de junho de 2013

O MURO


Ausentei-me do mundo,

Por reles  alguns segundos;

Distanciei-me de pessoas;

De coisas aparentemente a toas;

Construí  enormes castelos de areia;

  teci-me em volta de uma teia;

mais com o vento se desmanchou;

Com a chuva se dissipou;

Construí  então um muro,

Alto e  inatingível;

forte e  inalcançável;

no entanto,  é inevitável;

não me sentir só.
 

Ouço barulhos e batidas;

Tentativas frustradas de escaladas;

Mais ninguém ousou ainda derrubar;

Ninguém ousou ao menos tentar;

Enquanto isso,

Fico aqui mesmo;

Sozinha e a esmo;

Fazendo escolhas erradas;

errando em decisões acertadas;

E consertando meus erros;

Mais a quem ouse esse muro derrubar;

Não poderá atrás voltar;

Terá que ser forte e esperto;

Terá que ter certeza que é o certo ;

 de  saber por  onde  começar;

Não  é qualquer um que saberá o ponto;

Não adianta pois eu não conto;

O ponto  fraco do muro.
 

E então,

Os fracos irão desistir;

Os tolos nem tentar;

Pois não é todos que sabem;

Que a felicidade mora ao lado;

E tesouros são sempre difíceis de achar;

Mais ao grande  merecedor,
e  vencedor do desafio
então saberá
que fadado a felicidade estará!


AUTORA: JOCI BORGES

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