Ausentei-me do mundo,
Por reles alguns segundos;
Distanciei-me de
pessoas;
De coisas
aparentemente a toas;
Construí enormes castelos de areia;
teci-me em volta de uma teia;
mais com o vento se
desmanchou;
Com a chuva se
dissipou;
Construí então um muro,
Alto e inatingível;
forte e inalcançável;
no entanto, é inevitável;
não me sentir só.
Ouço barulhos e batidas;
Tentativas frustradas
de escaladas;
Mais ninguém ousou
ainda derrubar;
Ninguém ousou ao
menos tentar;
Enquanto isso,
Fico aqui mesmo;
Sozinha e a esmo;
Fazendo escolhas
erradas;
errando em decisões
acertadas;
E consertando meus
erros;
Mais a quem ouse esse
muro derrubar;
Não poderá atrás voltar;
Terá que ser forte e
esperto;
Terá que ter certeza
que é o certo ;
de saber por onde começar;
Não é qualquer um que saberá o ponto;
Não adianta pois eu
não conto;
O ponto fraco do muro.
E então,
Os fracos irão
desistir;
Os tolos nem tentar;
Pois não é todos que
sabem;
Que a felicidade mora ao lado;
E tesouros são sempre
difíceis de achar;
Mais ao grande merecedor,
e vencedor do desafio
então saberá
que fadado a felicidade
estará!
AUTORA: JOCI BORGES
AUTORA: JOCI BORGES
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