Na verdade meu caro;
Não sou de leves afagos;
Não sou de breves abraços;
Meus ombros não servem a mãos pesadas demais;
E não são apenas alguns beijos que me satisfaz;
Na verdade meu caro;
Sou amante de coisas boas;
De historias de verdade;
De amores incalculáveis;
De livros bem escritos;
Pois com bons olhos eu me vejo;
E de boa mesa me sacio;
E não é pouca coisa que me satisfaz;
Tornei-me uma boa interprete;
Da minha própria historia
E de pessoas difíceis até demais;
Vislumbro apenas ao que os olhos me enchem
Ao que meu corpo atrai
E ao que minha boca saliva
O resto?
Resto para mim é apenas resto
E resto vai para o lixo;
Pois ate onde eu vivi
Se tem algo que aprendi
Foi a ser má também
Autora: Joci Borges