domingo, 25 de agosto de 2013

Ira

A revolta chega como temporal;
Transforma momento torpe em fatal;
Muda o semblante;
E em instantes;
Nada vejo nada ouço;
Além do ranger dos dentes.

Ódio toma conta, invade e transforma;
Menina doce então ensoberbece;
Reflexos de ira transparecem;
São como raios e trovões;
Que clareiam e escurecem;
É um frenesi descontrolado;
Mais esse é meu outro lado;


A agonia transformada naquele momento;
Toma conta;
E como um simples enlace envolve o corpo;
Estremece a pele;
Ouriçam os pelos;
O grito é o que impede;
Que o surto tome conta do momento;

Volta à realidade;
Uma pena;
Pois matei muita gente em pensamento!

E o que não me remete a loucura;
E apenas uma divisa bem pequena;
De um corpo que às vezes julgo estranho;
Às vezes um tanto medonho;
Porém totalmente necessário!



Autora: Joci Borges

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